Pensando na manifestação que será feita durante a Mostra Cultural, estudamos um pouco da origem desses movimentos sociais na história de nosso país.
Os Movimentos Sociais
Movimentos
sociais - resumo
O que é? – O conceito de movimento social se
refere à ação coletiva de um grupo organizado que tem como objetivo alcançar
mudanças sociais por meio do embate político, dentro de uma determinada
sociedade e de um contexto específico. Fazem parte dos movimentos sociais, os
movimentos populares, sindicais e as organizações não governamentais (ONGs).
Brasil – Os movimentos sociais brasileiros
ganharam mais importância a partir da década de 1960, quando surgiram os
primeiros movimentos de luta contra a política vigente, ou seja, a população
insatisfeita com as transformações ocorridas tanto no campo econômico e social.
Mas, antes, na década de 1950, os movimentos nos espaços rural e urbano
adquiriram visibilidade.
Os principais movimentos sociais no
Brasil – As ações
coletivas mais conhecidas no Brasil são o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra
(MST), o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MSTS) e os movimentos em defesa
dos índios, negros e das mulheres.http://guiadoestudante.abril.com.br/estudar/atualidades/movimentos-sociais-resumo-675966.shtml
Os
Movimentos Sociais na História
1. A Revolta
do Vintém foi um protesto que ocorreu entre 1879 e 1880 nas ruas do
Rio de Janeiro, capital do império brasileiro, contra a cobrança de vinte réis,
ou seja, um vintém, nas passagens dos bondes. Este aumento foi instituído pelo
ministro da fazenda Afonso Celso de Assis Figueiredo, o futuro Visconde de Ouro
preto. O protesto mobilizou em torno de 5 mil pessoas. Aos gritos de “fora o
vintém!”, a população espancou os condutores, esfaqueou os burros, virou os
bondes e arrancou os trilhos ao longo da Rua Uruguaiana. A estatística de
feridos e mortos não é precisa, estima-se entre 15 a 20 feridos e entre 3 a 10
mortos. O ministério, desgastado foi substituído e o novo ministério revogou o
aumento de preço.
2. A Greve
da Meia Passagem foi uma greve estudantil que ocorreu em 1979, em São
Luís (Maranhão) visando a adoção de meia passagem para estudantes. O início da
greve ocorreu quando o então prefeito da cidade, Mauro Fecury, apresentou a
proposta de um terceiro aumento consecutivo da passagem em apenas um ano. Na
ocasião, estudantes da Universidade Federal do Maranhão entraram em greve e
foram reprimidos ao sair em passeata para o centro da cidade. A greve foi
marcada por forte repressão policial às passeatas e assembleias, mas apesar disso
conseguiu a adoção de outros estudantes e setores da sociedade.
3. A Revolta
do Buzu é o nome de um documentário de Carlos Pronzato, inspirado em
revolta popular que ocorreu em Salvador (Bahia), em 2003. Na ocasião, milhares
de jovens, estudantes e trabalhadores fecharam as vias públicas, protestando
contra o aumento das tarifas em transportes coletivos na cidade. Durante 10
dias, a cidade ficou paralisada. As mobilizações tiveram fim quando entidades
estudantis, como a UNE e UJS, colocaram-se como líderes das mobilizações e
tentaram uma negociação na prefeitura. No entanto, a principal reivindicação
dos manifestantes – a diminuição do preço da passagem – não foi atendida e o
aumento continuou em vigor.
4. Revolta
da Catraca foi o
nome atribuído a uma mobilização na cidade de Florianópolis (Santa Catarina)
contra o aumento das tarifas de ônibus urbanos. A manifestação fechou o acesso
à cidade, nos anos de 2004 e 2005. O movimento desestabilizou os políticos da
capital catarinense e até hoje é citado em movimentos grevistas. Na ocasião, o
estudante Marcelo Pomar, militante do Movimento Passe Livre – que levanta a
bandeira da tarifa zero em transportes coletivos – foi preso e acusado de
liderar a revolta. Até hoje ele está sendo processo pelo Tribunal de Justiça,
sob acusação de incitar linchamentos.
5. A
recente mobilização, por enquanto chamada de Revolta dos Vinte Centavos,
iniciou com a declaração do aumento em R$ 0,20 no preço da passagem de ônibus
na cidade de São Paulo e ficou marcada pela truculência policial nos primeiros
dias de manifestações. Em pouco tempo, as manifestações atingiram outras
cidades brasileiras, inclusive com apoio em cidades estrangeiras, como Londres
e Paris. Ainda é cedo para compreender as motivações dos protestos, mas algumas
pessoas associam-nas com os altos custos da Copa do Mundo, a corrupção que
corrói as instituições políticas, econômicas e sociais no país, a impunidade,
dentre outros motivos. De qualquer forma, os manifestantes insistem em dizer
que “não é apenas por causa de R$ 0,20″.
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